Introdução

Bem Vindos ao PoesiaAnónima

Somos um grupo de escritores que funcionamos como comunidade, melhoramos através da partilha de textos através deste blog, tentaremos tambem sempre que possivel passar noticias e informações relevantes para o bem estar de todos.

Contamos com o apoio não só dos leitores e amantes da poesia como de todos os que tenham textos para publicação neste blog, para teres o teu texto editado é simples : apenas tens de enviar um email para poesiaportugal@gmail.com com o/os textos que desejas ver publicados e será te dado acesso temporário para publicares o teu texto.

O Banner Deste Blogue encontra se Acima , Caso tenha Gostado do blogue e nos queira ajudar a divulgar o nosso trabalho por favor contacte o email acima a pedir o código do banner de forma a ser nosso parceiro de "publicidade"

Esta comunidade tem como objectivo atingir até ao fim de 2011 os 100 membros activos. para isso contamos com o vosso apoio e colaboração.

Agradecemos desde já todo o apoio ...

Ajuda na divulgação do Blog






Facebook

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Casa minha

Cai noite,
Saímos á rua,
Nela nua durmimos.

Num banco de jardim
É o vento quem nos aqueçe
E nos diz que na vida
É tudo o que temos.

Nas esquinas habituais
Esperamos o jantar
Que já foi jantar!

A mesa é composta de:
Toalha de joelhos,
Prato de cocha
e talheres de cinco pontas,

Jantamos
A mesma merda,
Perdão, a ementa de sempre.

É servida com aroma
De contentor,
Quentinha
Á temperatura de Ártico.
Por vezes até a temperam,
Com lexivias e outros quimicos.

Agora, de "fundos" tapados
Seguimos até aos quartos
Onde durmimos ao barulho das luzes,
As de presença (chamemos-lhes assim).

Se ao passar na rua nos avistarem,
Não nos estranhem.
A vida deu-nos as ruas como casa,
Os jardins como quartos,
Os bancos como camas
E muitas vezes o vento,
O vento como manta!


Este poema foi elaborado enquanto estava sentado observando um sem abrigo em pleno jardim perto de belem deitado apenas com uma manta e a comer manteiga com as mãos, como podemos não ficar tocados e emocionados. Que sorte temos nós poder pelo menos fazer duas refeições por dia. Ao falar com ele, disse-me uma pequena frase: Pobre? pareço-te pobre? a pobreza é interior! Pobre é aquele que fica parado perante as desgraças do mundo que o rodeia e onde vive. Sábias palavras que partilho aqui agora. Passados dois anos.

Poema elaborado algures em Novembro de 2008.

Um forte abraço

LN

1 comentário:

Anónimo disse...

-- poema forte com grande significado que nos ensina e faz nos ver a vida de outro modo... Gostei muito parabens continua... espero ver muitos mais poemas assim ... !!